terça-feira, 11 de novembro de 2014

Aproveitando bem o papel...

Complementando o post anterior, um quadro do aproveitamento do papel, a partir de 
uma folha padrão encontrada nos fornecedores do Rio e de São Paulo. Peguei o infográfico
do sitio da Ramos design.
_________________________________________________________________...
Uma etapa muito importante no desenvolvimento de um projeto gráfico é a definição do
 tamanho do suporte (geralmente papel), e tão importante quanto, é usar um tamanho que
 possibilite um bom aproveitamento de papel.
Muitas vezes, por questões de um ou dois centímetros, o projeto pode acabar custando
 bem mais caro do que sairia se fosse construído com pequenas alterações. 
O infográfico abaixo com certeza vai ajudá-lo a definir com facilidade os tamanhos 
de seus trabalhos.

Papel e seu tamanho

Tamanhos de Papel

Você sabia que os tamanhos de papel indicados como AN, ou seja, (A0, A1, A2, A3, A4, ..., A10), têm padrão de medidas universal? Sim?
Aqui você verá não só quais são os padrões de papel, mas como foram deduzidos segundo as normas pré-definidas.

Padrão A

Bem, para tal padrão A foram pensados os seguintes aspectos:
1. A altura dividida pela base resulta sempre em raiz de dois (1,41)
2. O tamanho A0 tem exatamente 1 m2
3. As áreas (A0, A1, A2, ... , A10) formam uma progressão geométrica de razão 1/2.

Quando eu descobri que o fato 1 revela uma importante aplicação de Raiz de Dois eu achei incrível!
Com isso podemos obter todas as dimensões dos papeis tipo A.
    Exemplo -Obter as dimensões do tamanho A0.
     solucão
     
    papel
    Pelo fato 2 a área deste papel deve ser 1 m2. Assim ab = 1. Além disso, como a altura pela base é raiz de dois, temos:
    Tomando a segunda equação do sistema S, e multimplicando ambos os membros por b, temos:
    Como ab = 1, segue-se que o valor aproximado para a é 1,18.
    Resposta. a = 1,18 m e b = 0,84 m.


fato 3 indica que a área do papel A(N + 1) é metade do papel AN. Para que a razão entre as medidas de cada papel ainda seja 1,41 basta dobrar o papel A(N + 1) pela sua maior medida e teremos o tamanho AN. Veja o exemplo:
A partir disso podemos definir todas as dimensões da família AN. As medidas na tabela a seguir estão em milímetros:
A
A0841 × 1189
A1594 × 841
A2420 × 594
A3297 × 420
A4210 × 297
A5148 × 210
A6105 × 148
A774 × 105
A852 × 74
A937 × 52
A1026 × 37
Há a necessidade de tamanhos maiores que A0. Termos anteriores na seqüência apresentada podem ser indicados como 2A0, 4A0 pois as áreas sempre dobram nessa ordem.
A
4A01682 × 2378
2A01189 × 1682
A0841 × 1189
A1594 × 841
A2420 × 594
A3297 × 420
A4210 × 297
A5148 × 210
A6105 × 148
A774 × 105
A852 × 74
A937 × 52
A1026 × 37

 

Padrão B

Este padrão é relativo ao A. Também teremos uma seqüência geométrica (B0, B1, ... , B10) de razão 1/2.
O padrão B foi pensado num tamanho intermediário entre dois AN consecutivos - que diferem pela metade do tamanho do maior. Essa diferença de tamanho de AN para A(N + 1) pode ser demais!
Isso foi resolvido padronizando que as suas medidas (base e altura) de um B(N + 1) são, respectivamente, a média geométrica entre as bases de AN e de A(N + 1) e entre as alturas de AN e de A(N + 1).
média geométrica MG entre n valores reais não negativos x1, x2, x3 ... , xn é:
Assim, a média geométrica entre dois valores reais não negativos x e y é:
    Exemplo -Obter as dimensões do tamanho B0.
     solucão
     
    Para as dimensões de B0 vamos precisar das dimensões de A0 e seu antecessor 2A0.
    AB
    2A01189 × 1682
    A0841 × 1189B0

    Que, com aproximção, resulta nas dimensões 1000 × 1414 (em milímetros).
    Resposta. 1000 mm e 1414 mm .

 

Padrão C

Este padrão é relativo ao A e ao B. As dimensões de CN são as médias geométricas das medidas correspondentes (base e altura) de AN com BN.
ABC
A0841 × 1189B01000 × 1414C0

Assim:
ABC
4A0
1682 × 2378
2A0
1189 × 1682
A0
841 × 1189
B0
1000 × 1414
C0
917 × 1297
A1
594 × 841
B1
707 × 1000
C1
648 × 917
A2
420 × 594
B2
500 × 707
C2
458 × 648
A3
297 × 420
B3
353 × 500
C3
324 × 458
A4
210 × 297
B4
250 × 353
C4
229 × 324
A5
148 × 210
B5
176 × 250
C5
162 × 229
A6
105 × 148
B6
125 × 176
C6
114 × 162
A7
74 × 105
B7
88 × 125
C7
81 × 114
A8
52 × 74
B8
62 × 88
C8
57 × 81
A9
37 × 52
B9
44 × 62
C9
40 × 57
A10
26 × 37
B10
31 × 44
C10
28 × 40

 

Alguns usos dos tamanhos A, B e C:

A0, A1desenhos técnicos, posters
A1, A2paineis de apresentação
A2, A3desenhos, diagramas, tabelas grandes
A4cartas, revistas, formulários, catálogos, padrão de impressoras caseiras, máquinas de copiar
A5caderno de notas
A6cartões postais
B5, A5, B6, A6livros
C4, C5, C6envelopes para cartas A4: sem dobrar (C4), dobrada uma vez (C5), dobrada duas vezes (C6)
B4, A3jornais
B8, A8cartas de jogos

Em todos eles há a presença da constante Raiz de Dois!

O trabalho todo foi do Professor Cardy (http://www.profcardy.com/cardicas/papel.php)...Nas aulas do atelier, sempre vejo o pessoal ficar quebrando a cabeça com as medidas do papel. Neste trabalho, o Professor Cardy explica o porquê e, mais importante, o como se chega lá. Agradeço desde já, uma vez que reproduzo sem autorização.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Achado de viagem

Coisas de viagem e de gente que xereta, muito!
Estávamos indo para Smorgasburg, uma feira ótima no Brooklyn, em Nova Iorque.


O quadro emoldurado
O pessoal do truck food se reúne em um estacionamento enorme e as pessoas vão chegando, fica muito lotado, sempre aos sábados. É um programa ótimo, por enquanto ainda não tão lotado assim, mas está cheio. E  pode-se provar comidas as mais diferentes...uma delícia.

No entorno, atelier, feiras de craft -artesanato não explica tudo - mas são feiras sem nada, absolutamente nada industrializado, mostrando sempre um trabalho que, se não é original, é totalmente handcrafted. Feito à mão, de verdade! Recomendo.

Entrando em um tremendo bric-a-brac, que tinha de móveis de época a parafusos enferrujados, tudo com uma etiqueta de preço, algumas coisas legais, muito lixo, que, para alguém, tinha e tem valor.
Encontrei um macete (googlem aí) antigo, uma ferramenta que a Mônica Colocci tem e eu invejava...e outras coisas interessantes, até que me deparei com esta moldura que vocês vão ver, achei interessante e o preço, bem, US$ 19,99.  E dentro, um texto em árabe, com iluminuras (googlem aí) e douração, que, para quem trabalha com encadernação e douração, era um grande atrativo.

Alguém consegue informar a que se refere o texto? Sei que é um trecho do Alcorão, mas qual?
Não consegui um centavo sequer de desconto, nas duas compras! Consegui fazer com que chegasse à casa sem quebrar o vidro,, comecei a reformar a moldura e...voilá... na hora de fazer a limpeza do papel, estava escrito :"Qu'ram...early XVIII century, manuscriptt"!!!! Deduzi que seria uma sura (ou mais de uma) com significado especial para alguém, mas acabei com uma antiguidade em mãos.

Agora, enfeita a parede do atelier e é sempre uma história para contar!

Alguém sabe árabe o suficiente para me dizer qual sura está manuscrita aí?Agradeço muito a ajuda!

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Boston e o NBSS


Eu não me conformava em não conhecer Boston, uma cidade cheia de bons museus, cultura, programas e muita, mas muita mesmo, história. Desta vez, não houve perdão, fomos a Boston, de trem, para fechar um outro sonho.

A cidade é maravilhosa, cheia de estudantes, muitos parques, muitos museus e muitos passeios para serem feitos. Fizemos alguns e outros ficaram para uma outra ocasião que, certamente, virá.

No meu programa estava a ida ao NBSS - North Bennett St, School , para ver a exposição La Couleur du Vent, cinquenta e uma (51) encadernações para o livro de poemas de Gilles Vigneault, um desconhecido para mim, mas os encadernadores que participaram da mostra eram alguns dos ídolos de minha vida de encadernador.

Indo para a NBSS, vi o cartaz que anunciava que a exposição já estaria encerrada. Bom, iríamos lá de qualquer forma, mas a sorte estava conosco: a exposição estava sendo encerrada naquele dia e ainda poderia ser vista!!
O cartaz da exposição, muito bonito.
Vi a exposição, tirei fotos, a visita ao setor de encadernação não seria possível, até que surgiu Jeff Alteperter, com sua gentileza e entusiasmo pela encadernação. Nos mostrou toda a exposição, discorreu sobre alguns trabalhos, nos levou para uma visita por toda a escola (parte de encadernação, a de joalheria, que interessava mais ao Alberto, estava em aula e não podíamos interromper!).


Jeff Altepeter e eu, começando a desmontar a exposição. Foi muita sorte!

Em resumo, um tour muito interessante e completo pela escola, pelo espaço de aulas - não conheço nada igual, nem o CBA de Nova Iorque chega perto!- , os alunos compenetradíssimos, costurando, cortando, encadernando. Um sonho para quem quer uma escola de encadernação.

Para melhorar o que já estava ótimo, ainda havia o catálogo da exposição, disponível para compra.  Nem é preciso dizer que ele veio cercado de cuidados para o Rio de Janeiro.

Enquanto conversávamos, a exposição ia sendo desmontada, aquelas encadernações maravilhosas a um toque de mão. Não pude deixar de pensar em você, Marisa Garcia de Souza, acredito que as instalações, o ambiente, a exposição, seriam tudo que realizariam seu desejo de uma escola de encadernação.

Aqui,  você pode ver todas as encadernações da exposição.

As informações sobre os cursos estão no site da NBSS. É só clicar e procurar. Não sei se o catálogo da exposição ainda está à venda, mas eu recomendo muito, como referência. E indo a Boston, reserve um dia para ir à escola e conhecer as instalações de lá. Se possível, faça um contato por email antes, agendando a visita para um horário em que não haja aulas.


domingo, 12 de outubro de 2014

Viagem de 2014

Fui a Boston e Nova Iorque. Como todos sabem, ou deveriam, em Nova Iorque encontra-se qualquer coisa que se precise, apenas é necessário ter o endereço!

Para material de encadernação e conservação e restauro, a Talas continua imbatível. A mudança para o Brooklyn atrapalhou um pouco, mas nada que impeça uma visita. Não se esqueça: apesar de haver uma estação de metrô com o nome da rua, a estação para se descer é a Graham e caminha-se por apenas dois quarteirões, por rua lindas. Comprei algumas coisitas, mas bom mesmo é a régua com as marcações em centímetros e não polegadas, toda furadinha.... alguém aí vai ficar muito feliz, né Mônica?

A Kate Paperie mudou-se novamente. Estou quase desistindo dela, cada vez ela está em algum lugar e anda meio cara.Nenhuma novidade aqui, vá se quiser ver uma loja bonita.

A Dick Blick, apesar do nome ( ou por isso mesmo), está crescendo. Antes, havia apenas duas ou três lojas, e agora está em toda a parte. Mas é uma loja ótima, não compre nada sem antes dar uma passadinha por ela e comparar os preços. Pode ter uma ótima surpresa. Depois de anos, encontrei um macete à venda!!

A novidade foi a Envelopper Ink, uma loja imensa, com muuuita coisa em papel e alguma coisa para encadernação. Vale a visita.
A Envelopper Ink, uma loja muito bonita.
Há outras lojas, outros lugares, não pretendo esgotar o assunto. Mas lembro: se você está procurando por papel e material para trabalhar com papel, não pode deixar de ir  ao New Yor Central Art Supply. Apenas o catálogo de papéis tem mais de 300 páginas. Prepare suas verdinhas, não dá para sair de lá de mãos vazias.

Testem os links acima, se algum der trabalho, mande mensagem para mim que eu conserto. Endereços, catálogos, etc, entrem no site que as informações estão todas lá.

Mas a cereja do bolo da viagem foi a ida a Boston e o encontro com  Jeff Altepeter, o head of bookbinding  da North Benett St. School, onde há cursos de encadernação e joalheria. Mas isto fica para um novo post, de amanhã ou depois.

Novo endereço

Ando sumido, trabalho e viagens. Mas estou de volta e com um endereço ótimo que não conhecia em Nova Iorque. Estive lá e têm tudo sobre e para papel e muito material para encadernação.

O nome da loja é Envelopper Ink  e pode ser visitada neste endereço, ou clique ali do lado, em fornecedores, que abre direto na página.

http://www.envelopperinc.com/mm5/merchant.mvc?Screen=CTGY&Category_Code=store

terça-feira, 24 de junho de 2014

Informações

Aqui, neste endereço, http://aboutbookbinding.com, vc encontra muitas informações gratuitas e também livros sobre encadernação, gratuitos. Não poderia ser melhor.

domingo, 22 de junho de 2014

Laminação de tecido





Tem gente que tem dificuldade com a laminação de tecidos, tipo eu...

O Sage Reynolds tem mais de noventa vídeos com tema "encadernação", ou seja, é praticamente uma videoteca sobre encadernação.

Aproveitei esta aula e deu tudo certinho, é só não errar a mão no metilcelulose e uma sugestão: faça como o Sage, se vai laminar alguma coisa, lamine bastante, que é para aproveitar o trabalho.

Como dobrar uma concertina



Benjamin Elbel tem um sitio ótimo, com dicas e histórias da encadernação. Também dá aulas onlinde de diversos trabalhos relativos à encadernação, os quais eu recomendo muito.
O endereço www.elbel.libro.com aparece no vídeo, é só dar um pulo lá.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Cores, flores, quem tem medo delas??

Cor é sempre um problema. Subjetivo, dizem, como o gosto em relação a tudo. Nem sempre, nem sempre. A estética, sob a observação humana, vem se aprimorando durante séculos e algumas combinações não conseguem ultrapassar a barreira do "Que horror!"...rs...

Há alguns livros ótimos, um deles, uma bíblia, Da cor e à Cor inexistente, do Ismael Pedrosa! Encontrando, venda seu Fusca e compre! Outros que posso recomendar, por seu caráter lúdico e esclarecedor: The  Munsell Student Color Set, 3rd Edition (não entro em detalhes que é para que vcs se surpreendam!), do Jim Long,  e The Color Workbook (4thEdition), da Becky Koenig. E, para se divertir de verdade, tem o Interaction of Color: Revised and Expanded Edition, do Josef Albers, sendo que este tem o APPS na loja da Apple. Horas de diversão e quilômetros de esclarecimentos!!

E também tem os 10 mandamentos do uso da cor, que posto aqui para divertir vcs. "Ah! É inglês!!" É sim, já que as matérias em português são raras, nossos professores preferem discutir salários.



Caso haja dificuldade na visualização (afinal, com o monitor não dá para tocar trombone!...rs), o endereço do quadro é  http://editorial.designtaxi.com/news-info280514/1.jpg . É só copiar o endereço e colar.
Os comentários são e estão abertos. Querendo conversar...

terça-feira, 27 de maio de 2014

Furação: agulhão x serrote!

Há muita discussão nos grupos de encadernação sobre a furação dos cadernos. Eu uso os dois, dependendo do trabalho a ser feito e da apresentação. A costura a ser efetuada também influencia no rendimento do uso de um ou de outro
Geralmente, não gosto do serrote, prefiro usar o agulhão com alguma sutileza. A ilustração à direita justifica minha escolha pelo agulhão.
Cabe a cada um decidir, e o post abaixo pode ajudar a tomar uma decisão:



Sawn sewing holes

One of my dear YouTube subscribers contacted me regarding the use of a saw to create sewing holes on the spine. Somehow, someone else has risen similar questions as his before, so I thought I should as well share my answers to his questions here, in case someone out there is also wondering about the same thing.
NOTE: The "Q", the questions, are the exact phases given to me, - copy/paste-ed on purpose.

Q: Why do you saw-cut the holes for stitching so deep?
A: It isn't deep. It might appear to be deeper than that of an awl due to the visible incision of the outer sheet of a signature. - The saw cuts through to the inner most layer of sheet in a signature, while the awl would pock through to it. So, the depth of the hole is basically the same in both cases.

Q: Doesn't that (deeper outer-layer incisions) affect the pages inside?
A: No. But, you don't want the incision to be too radical (especially for a normal size book), or the glue might get inside the pages and the holes might become too visible when the book is opened. (ugly!) So, it's very important not to put too many sheets in a signature, (relative to the size of your book.) and important to consider the weight of the paper you are using, and that each sheet of folded paper is tightly jogged to the fold, so to minimize any unnecessary depth of incisions. Also, do make sure to check how deep you need to saw to get to the inner sheet before you start sawing, or the incisions on the outer layers of sheets could become unnecessarily too deep.

Q: I've been stabbing holes in my signatures but the sawing looks so much easier.
A: Needless to say, no professional bookbinder would poke holes one by one by hand, simply because it's time consuming and it isn't precise, (etc). Also, sawing by a saw allows each hole to have a minute width (of which depends on the width of the saw teeth) so that the thread wouldn't catch the paper around it. And, the width of the holes is necessary for various cord-sewing.

Q: Could you use a knife instead of a saw?
A: Yes, but I wouldn't recommend it. If you just create simple cuts by a scalpel or an Exacto knife (etc.), the hole is too tightly closed and doesn't have a comfortable opening to accommodate the thread, causing an excess "flare" of paper inside the pages (like the look of a flower.) as the needle and thread are going through it. So, if you really need to use a knife, make each incision in a slight "V" shape. - Make an incision in a slight angle, and trim the other in an angle. (The second diagram on the graphic. It's hard to see, but incisions are cut in V shape.) But, I wouldn't recommend using a knife because of its inconsistency of lines, depth and cleanliness, as well as the time it takes to do it perfectly. In conclusion, there's no need to use a knife unless you have no choice but to use it. :-)

O post foi retirado do blog  http://bookbinderschronicle.blogspot.com.br/2013/11/sawn-sewing-holes.html
Caso tenha algum problema de copyright, é só passar um email que eu retiro o post.

Credits: Blog Bookbinders Chronicle, November 1, 2013. By MHR

sábado, 12 de abril de 2014

Endereço útil

No endereço abaixo, a Biblioteca Nacional disponibiliza os templates para a construção de protetores para os livros. Embora as medidas estejam fixadas, a adaptação é muito fácil. Aproveitem!

http://www.bn.br/portal/arquivos/pdf/acondicionamentos_produzidos_utilizados_centro_conservacao.pdf

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Passeio pelo Rio de Janeiro

Andar pelo centro do Rio de Janeiro é sempre uma diversão, há sempre surpresas, boas e ruins, mas elas não faltam. Andando pelo centro do Rio esta segunda-feira, dei de cara com este livro sobre encadernação, editado em Portugal, sem data, chamado "Como se Encadernam livros", série L, número 3, que fazia parte de uma "Colecção Educativa".
A primeira ilustração

Na primeira página, um carimbo: "Serviços culturais da embaixada de Portugal, Praia de Botafogo, 80 - Rio de Janeiro". O livro é de autoria de Baltazar Cardoso Valente e fazia parte da Campanha Nacional de Educação de Adultos.

Vc já deve ter reconhecido minha nova foto de perfil



O mais interessante é a forma como foi escrito: como um diálogo entre um encadernador e um amigo, desempregado, que queria um ofício decente, através do qual pudesse "transformar a curiosidade em profissão".
A capa original

O carimbo da embaixada e do Ministério da Educação Nacional.
Francamente, fiquei emocionado!! Algumas fotos para vcs, o livro é fartamente ilustrado, embora de forma ingênua. Mas está tudo ali, direitinho.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Concurso

Neste endereço aqui, vcs poderão ver as encadernações concorrentes ao Prêmio da Designer Bookbinders do Reino Unido. A grande vencedora foi Dominic Riley e o segundo prêmio foi para a Espanha. Há muita coisa bonita, mas o mais importante é que dá para notar que não há uma tendência de trabalho ou material. As ideias correm soltas e vão longe. O trabalho do japonês Keiko Fujii, na minha opinião, é irretocável. E a Sol Rebora, com ecos do trabalho do Fontana, também é emocionante.



http://www.designerbookbinders.org.uk/competitions/dbibc/2013/international_competition5.html

O concurso para 2014 tem o livro Breakfast at Tiffany's, do Truman Capote, como tema. Já posso ver a infinidade de franjas e olhos da Audrey....eu me pegaria nas escadas e no violão de Moon River. E vocês? Se bem que o George Peppard...aqueles olhos....bom, aí é com vcs. Também tem o café e o pain au chocolat...Hum....



domingo, 12 de janeiro de 2014

Livros....

Copiei este post do blog http://bonefolderextras.blogspot.com.br/2014/01/limp-bindings-from-vatican-library.html?spref=fb. Qualquer problema com popyright, favor colocar um coment, que eu retiro o post. É o comentário sobre um livro, ótimo, que foi lançado agora na Amazon.Eu recomendo, muito. E aproveitem as dicas e os links, sempre ajudam...



Limp Bindings from the Vatican Library

Langwe, Monica. Limp Bindings from the Vatican Library. Sollerön, Sweden: Monica Langwe, 2013. ISBN 9789163723797. 74 pages. 48,30€, ca$63.00 + s/h.

Reviewed by Henry Hébert


Monica Langwe’s most recent book is a more extensive follow-up to her previous work on limp bindings from the City Archives in Tallinn, Estonia (see Langwe, 2008). In Limp Bindings from the Vatican Library, the author cleaves to the same format, providing descriptions and diagrams for 11 historical bindings and includes a gallery of 11 contemporary works from international book artists. The Vatican Library is not the easiest institution to access, and from the author’s long list of acknowledgements, it is clear that a great deal of planning and coordination was required to make this project happen. With equal parts history, manual, and exhibit catalog, this volume is a delight to read and would be a welcome addition to any binder or bibliophile’s collection.

The book itself is beautifully designed, with clearly printed graphics and a typeface inspired by early Italian printing. The textblock is composed of 5 folded sections, sewn through the fold, with adhesive applied to the spine. The cover is a simple paper wrapper folded over the outermost leaves like a dust jacket. The construction is sturdy enough for extensive use and easily taken apart – a fact that binders wishing to respond to the text by rebinding the book itself will appreciate. The wrapper is printed on both sides and features labeled maps of Vatican City and the library. I found the maps most helpful, as Langwe includes a great deal of description of how the physical spaces that the library inhabits have changed over the years.

The text begins with a brief history of the collection. As one of the oldest libraries in the world, the Vatican’s collection has been through a great many changes; however, Langwe does not overwhelm the reader with dry facts. Organized by century, the history charts the evolution of the institution from the dispersal of the collection with the Avignon Papacy in the fourteenth century, all the way to the adoption of an electronic card catalog and building renovations in the twenty-first. Over the years, the library has grown by leaps and bounds through the acquisition of collections of note. Langwe provides a lists of the high spots, such as the Palatine Library of Heidelberg and the collection of the Barberini Family. Other institutions within the Holy See have been spun off of the library’s collection over time, including the Vatican Secret Archive, the Numismatic Cabinet, and the Museo Sacro.

Langwe follows with a discussion of the maturation of the conservation department within the institution. I was surprised to learn that a bookbinder has been employed by the library since 1475 and documentation of book repairs performed goes back to the late sixteenth century. The author describes several large rebinding projects that were undertaken in the past. One must assume that a number of original parchment bindings were lost in these efforts, however, we are lucky that the objects depicted in this volume survive. Today the conservation department is staffed by professionally trained conservators, who recognize the challenges of preserving the artefactual value of an object while maintaining its functionality.

Turning to the historical bindings, Langwe notes that they were meant to be functional and sometimes temporary; a means of organizing information, often with the ability to add or remove parts easily. With the popularity of limp parchment structures in modern book art and conservation practice (see for example Clarkson, 2005; Espinoza, 1993; Lindsay, 1991), it is easy for the contemporary binder to fall into the habit of thinking of limp parchment bindings in only one or two forms: text-to-cover attachment through primary sewing, such as a “long-stitch” structure, or sewn on primary sewing supports that are laced through the cover. Langwe reminds us, however, that these bindings have “infinite possible variations of materials, methods, and structure” (p. 27) and indicates that the goal of her book is to inspire the modern binder with the simplicity of these techniques from antiquity.

Nine bindings in parchment and two in paper are depicted in photographs and described with diagrams and text. Each volume includes different methods of textblock construction and cover-to-text attachment. A three-quarter view photograph of the object is followed by the title and a brief description of the item’s composition and dimensions. Clear diagrams of the textblock and cover construction appear for each structure. For volumes with more complex sewing or ticketing, step-by-step instructions appear alongside diagrams with arrows to indicate sewing or lacing patterns. Although the language assumes that one has experience with the most basic elements of bookbinding, even the novice could use this book to construct accurate models of each structure.

Each of the historical objects is mirrored by a contemporary binding from a list of 11 well-known and talented artists. A photograph of the binding appears alongside the name of the binder, the title of the work, and the title of the historical object that it represents. A brief statement from the artist and a list of materials also appear. I very much enjoyed flipping back and forth between historical and contemporary objects to see which aspects of each binding the artist chose to capture.

Szirmai (2000) in his seminal work, The Archaeology of Medieval Bookbinding, acknowledges that “studies of binding structures in archives are very scarce” (p. 287). Langwe’s work is a welcome answer to that call. In recent years, libraries and archives have begun to devote significant resources to digitization of content, but all too often binding structure and composition are ignored. Langwe acknowledges the difficulty in identifying bindings with common structures; however, documentation of bindings through photographs and diagrams, as presented in this book, can be an invaluable resource for contemporary binders, artists, and scholars. I applaud her work and look forward to future publications of this quality.

Bibliography
Clarkson, C. (2005). Limp Vellum Binding. Oxford: Christopher Clarkson.
Espinosa, R. (1993). "The limp vellum binding: A modification." The New Bookbinder, 13, 27-38.
Langwe, M. (2008). Limp bindings from Tallinn. The Bonefolder, 5(1), 3-5.
Lindsay, J. (1991). "A limp vellum binding sewn on alumn-tawed thongs". The New Bookbinder, 11, 3-19.
Szirmai, J. (2000). The Archaeology of Medieval Bookbinding. Burlington, VT: Ashgate.
[Publisher's note: Limp Bindings of the Vatican is also the catalog for a traveling exhibition that visited the Dalarnas Museum, Falun, Sweden, the Swedish Institute of Classical Studies, Rome, Italy, and Sankta Eugenia Katolska Församling Stockholm, Sweden between September 18 - December 15, 2013. Exhibitors of modern interpretations of the historic bindings were Jody Alexander, Carmencho Arregui, Guy Begbie, Manne Dahlstedt, Sün Evard, Hedi Kyle, Monica Langwe, Lennart Mänd, Chela Metzger, Suzanne Schmollgruber, and Peter D. Verheyen.]

Autor do texto:
Henry Hébert is the Rare Book Conservator at the University of Illinois at Urbana-Champaign. He holds a MLIS from the University of North Carolina at Chapel Hill and a certificate in hand bookbinding from the North Bennet Street School in Boston, MA. Henry is currently serving as the Communications Chair for the Guild of Book Workers. More information and images of his work can be found at http://www.henryhebert.net.